16 de fev. de 2008

Castrações em 15/02/2008

Antes do relato sobre as castrações, preciso contar três coisas:

1 – Decidimos tirar de nossa divulgação qualquer referência ao nome do local onde estamos atuando. De agora em diante, sempre diremos Parque, ok?
O motivo é simples: a preocupação que o local vire ponto de abandono. Isto é a última coisa que queremos..

2 – A Renata Márcia (www.renatamarcia.blogspot.com), que se juntou a nosso projeto, está fazendo um trabalho semelhante ao nosso em um condomínio na Barra. Então, vamos, também, colaborar com o projeto dela, castrando os gatinhos de lá. Aliás, já estávamos fazendo isto, mas não havíamos divulgado formalmente. Já castramos, junto com os gatos encantados, o Sushi, a Lilica e, agora, a Ágata.

3 – Os gatinhos do Parque estão, aparentemente, super bem. Reparei que estão até mais gordinhos. Então, quem puder ajudar com a ração vai ajudar bastante no nosso projeto.

Agora, vamos às emoções do dia 15 de fevereiro:

10:30, saímos, eu e Renata, da Tijuca rumo ao condomínio da Barra para buscar a Ágata. De lá, partimos para o Parque, onde chegamos por volta de 11:40.

Quatro gatinhos já haviam sido capturados na véspera e estavam em jejum aguardando nossa chegada.

Primeiro desafio: tirar os gatinhos do gaiolão e colocar nas caixinhas de transporte. Parece simples, mas não é. Se bem que já desenvolvemos uma tática super esperta usando placas de compensado para forçá-los a entrar nas caixinhas.

É mais ou menos assim: abrimos o gaiolão e colocamos a caixinha lá dentro com a porta aberta. Vamos empurrando a caixinha e, usando o compensado e uma haste longa, encurralamos o gato até ele só ter um caminho: a caixinha de transporte. Fiz um esqueminha tosco:















Depois de alguns minutos (como agora estamos espertas, acho que foi até beeeem rápido.), gatinhos nas caixinhas, partimos para a Praça Seca.

Chegando lá (mais ou menos às 13 h), o rapaz da CET Rio fala: é melhor vocês irem lá, antes, sem os gatos, pois parece que a veterinária não veio. Socorro! Como assim? De novo? Pensamos...

Descemos do carro e fomos lá. A mocinha da recepção nos informou para ficarmos tranqüilas, pois a vet havia passado mal e já estava chegando. Sentamos (no chão, pois não há outro lugar) e esperamos.

Às 15 h chega a veterinária (coitada, com a maior cara de dor, mesmo) e começa o atendimento. Ainda tinha que castrar todos os animais da manhã, mas tudo bem.

Nem sei que horas entramos, mas, finalmente, fomos chamadas. Entramos com 2 gatinhos. Para tirar da caixinha foi outra novela, já que nós é que temos que tirar e os gatos são uns “docinhos”...

Nem vou contar em detalhes, pois viraria livro e ninguém teria paciência para ler, mas os gatos, que não queriam entrar na caixinha, agora não queriam sair dela. Apesar da nossa técnica quase ninja (que consiste em colocar uma colcha na boca da caixinha e virar a mesma até o gato sair) foi super complicado.
Por fim, eles escaparam da caixinha e saíram correndo pela sala (que é totalmente fechada, ainda bem). E nós atrás, com a colcha, para pescá-los. Quando conseguimos envolver o gatinho com a colcha (com todos foi assim), a veterinária aplicava a anestesia. Um deles ainda escapou e subiu no armário. Ainda tivemos que esperar ele ficar mais molinho e subir no armário para pegá-lo (pena que não deu, mesmo, para fotografar).
Enfim, repetimos o mesmo procedimento com os cinco gatinhos e todos foram, finalmente, castrados.

Do parque, foram três machos e uma fêmea. Do condomínio, uma fêmea. Total de cinco gatinhos que não irão mais gerar uma prole na rua... SUCESSO!!!!!!!!!!!!

Mas o dia não termina aí.

Gatos colocados, de novo, na caixinha de transporte, partimos rumo ao Parque, onde chegamos às 18:45h. Os gaiolões já estavam limpinhos e arrumados para esperá-los para o pós operatório: almofadinha com fronha, jornalzinho no restante do piso, potinhos com ração e água.

Quem vai cuidar deles no fim de semana é a Néia, outro anjinho de lá. Durante a semana, a tarefa fica por conta da Maristeli (que á a anjona que consegue capturá-los).

Saímos de lá e, na guarita da saída, estava um segurança, que veio em direção ao carro, todo sério. Eu e Renata achamos que íamos levar uma baita bronca!!! Aí, ele pergunta: CADÊ MEU COMPANHEIRINHO????? Pois é, gente, um dos gatos que castramos costuma ficar perto dele toda a tarde!!! Aí, contamos que ele estava super bem e que logo, logo, estaria de volta. Sabem que fiquei até emocionada por ver a preocupação dele?

De lá, partimos para o Condomínio para deixar a Ágata, que vai ficar aos cuidados de uma conhecida da Renata até sua doação.

Voltamos para a Tijuca cansadas, imundas (esqueci de contar que os gatinhos fizeram xixi em cima de nós), famintas. 21:30h entro em casa, sorrindo de orelha a orelha!!!!!

Posto de castração da Praça Seca.


Olha como são lindos os gatos! O pessoal na porta do posto nem acreditou que são "sem-teto"!

Ágata - a gatinha do condomínio




"Sala de repouso" montada no Parque.
Néia - que se propôs a cuidar dos castradinhos no fim de semana.

Esta gatinha foi castrada na primeira "leva". Coloquei a foto para vocês verem a marcação na orelhinha.

7 de fev. de 2008

Pretinha já foi para "casa".

Hoje, fui buscar a gata pretinha no veterinário. Ela está ótima e o leite já está todo sequinho.

Levei-a de volta ao parque, onde foi solta no local onde está acostumada a ficar.

O engraçado é que a D. Gina (que cuida da alimentação da pretinha e de sua família) a chama de Branquinha. Hoje, ela me contou que a Branquinha (que é pretinha) sofreu um ferimento há tempos atrás: foi furada por um vergalhão de ferro. Todos achavam que ela iria morrer, mas a D. Gina cuidou direitinho dela e ela continua vivinha da silva e, agora, castradinha.

2 de fev. de 2008

Fotos
























Lilica no dia da castração.














Dr. Marcelo














Gatinha pretinha 5 dias depois da castração.
Essa gata está com as tetinhas grandes porque teve filhotes que nasceram mortos... Ela está sendo medicada para secar o leite e está internada em uma clínica veterinária em tratamento.
Ela vai ficar bem... Pelo menos estamos lutando muito para isso...

Prestação de contas - janeiro/2008

























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Terceira leva de castrações. Quase que não vai, mas foi...

25/01/2008

Conseguimos mais vagas para as castrações em 25 de janeiro, às 13 h.
Solicitamos à tia Ro que os gatos fossem capturados no dia 24 para haver o tempo necessário para o jejum.

Desta vez, a Angela não pode ir e contamos com o super, hiper, mega, blaster auxílio da Renata Márcia (http://www.renatamarcia.blogspot.com/), que foi de fundamental importância.

Chegamos no TE às 11 h, haviam quatro gatinhos nas gaiolas (o pessoal do parque está, realmente, eficiente).

A Renata conseguiu (desta vez, eu estava de aprendiz) tirar 3 gatinhas e colocar na caixinha de transporte para levarmos para a Praça Seca. Um gatinho conseguiu escapar (vocês não têm idéia de como eles são ariscos).

Gatinhas devidamente acomodadas, partimos para o Posto da Prefeitura na Praça Seca. Além das 3 gatinhas do TE estávamos levando mais uma gatinha (a Lilica) que havia sido resgatada pela Renata e que já tem adotante.

Quando chegamos no posto, não havia ninguém na porta. Achei muito estranho, mas fomos para lá assim mesmo. Então, fomos informadas que a veterinária havia passado mal e que não haveria castrações naquele dia.

O que fazer? Se não castrássemos naquele dia, dificilmente conseguiríamos capturar estes gatos novamente; e uma das gatinhas tinha acabado de parir - os filhotes foram encontrados mortos - e estava lotada de leite (como o pessoal do parque já havia nos alertado sobre o leite, comprei uma caixa de medicamento específico para o caso e uma lata de ração úmida).

Precisávamos fazer algo e rápido.

Renata se lembrou, neste momento, de um veterinário que poderia nos ajudar. Telefonou para ele – Dr. Marcelo Libero Castelo – e, diante da situação que expusemos, ele se prontificou a castrar as gatinhas pelo preço de custo (R$ 50,00 cada, sendo que o pagamento de uma castração foi feito pela adotante da resgatadinha da Renata), além de hospedá-las por 5 dias no pós operatório. Continuando nossa viagem, partimos da Praça Seca para Copacabana, para a clínica do Dr. Marcelo.

Às 18 h ele deu início às castrações. Menos 4 gatinhas “inteiras” no mundo, o que significa menos 2 milhões de gatos errantes em 7 anos.

Quarta-feira, 30 de janeiro, fui buscar as 3 gatinhas (uma já havia sido levada no dia da castração) e levá-las ao TE. Dr. Marcelo recomendou que a gatinha que estava com leite continuasse a tomar a medicação para secá-lo e ficasse mais alguns dias no gaiolão. Então, comprei mais uma caixa e deixei com o pessoal do TE.
Dia 01 de fevereiro, tia Rô me telefonou dizendo que a gatinha estava sangrando e que ela achava que os pontos haviam arrebentado. Corri para o TE, busquei a gatinha e levei, novamente, à clínica do Dr. Marcelo. Lá, ele limpou a área e viu que os pontos estava inteirinhos, mas que a gatinha ainda tinha leite e estava com as tetas bem inchada. Aí, saía leite sujinho de sangue. Deixei a gatinha lá, autorizei que ele usasse mais medicação para secar o leite (nem sei, ainda, quanto vamos ter que pagar; mas, como diz o ditado, quem está na chuva é para se molhar).

Quarta ou quinta-feira irei buscá-la para levar para “casa”, pois a Dona Gina, que toma conta desta gatinha (pretinha, coisa mais fofa do mundo) no TE já está indócil.